O livro reúne abordagens conceituais e capítulos com estudos de caso que juntos resultam em uma produção literária de inquestionável valor intelectual, revelando o tecido social, as rotinas, e as demandas desses dois grupos étnicos em seus próprios ‘territórios’, bem como as demandas por uma autonomia plena nas tomadas de decisões, na autossustentação, na autodeterminação, e na capacitação por meio de processos e mecanismos de base participativa e de viés endógeno. Uma mudança de paradigma nas premissas e percepções sobre ‘desenvolvimento local’ de modo que o destino e o futuro dos povos indígenas e Quilombolas possam ser decididos ‘por eles para eles mesmos’, sem mediações ou interferências exógenas, externas, concretizando um ‘ethos’ e desejos deles, consagrando-se – desta forma – mais um capítulo na reparação histórica propiciando uma relativa ‘justiça social e racial’ em face aos desrespeitos, abusos, subordinação, humilhações, violências sofridos por esses dois grupos no Brasil. O