Quando a diferença está em ser, saber e fazer, raramente a conhecida asserção de Buffon, segundo a qual o estilo é o próprio homem, terá encontrado tanta correspondência quanto em Gestão sem medo: muito se pode criar, tudo se pode mudar, de Alfredo Assumpção. Neste livro, obra e autor, em um progressivo mimetismo, refletem-se com nitidez. Por um lado, o tamanho do desafio abraçado na escolha da temática testemunha por si só o destemor intelectual do autor: busca entender e propor uma interpretação sobre o “homem complexo” em seu papel de gestor de empresas, nos diversos níveis e estágios de maturidade tanto dele quanto da empresa. O que não é tarefa trivial, sobretudo para quem não se contenta em simplesmente constatar e radiografar a realidade como ela é, mas tem a ambição de propor o que ela deveria ser, ou como conviria que ela fosse. Por outro, o enfoque adotado surpreende os menos avisados. De um especialista em capital humano, esperar-se-ia naturalmente o aproveitamento, quando m